Razão para viver

Razão para viver

 

Essa semana quando tomei conhecimento da decisão de muitas das maiores empresas do mundo – como Apple, BMW, Audi, BBC, Amazon, Coca Cola, Disney, Intel, Google, Boeing, GM, Lenovo, Dell, LinkedIn, Danone, Adidas – que anunciaram a saída da Rússia, em função da invasão à Ucrânia, matando civis e militares, lembrei da canção de Tim Maia: “é preciso ter na vida algum motivo pra sonhar … razão para viver”.

Todos nós sabemos que por trás dessas marcas existem muitos CPFs, pessoas que querem, em especial as novas gerações, decisões humanizadas, gestões com mais transparência, responsabilidade com o todo. Não basta mais o Eu e o Nós e sim “Todos Nós”.

Surge um mundo onde se deseja que gestores e governantes assumam o que pensam, fazem, se posicionem frente ao que acontece no seu entorno. Crescem as marcas que, através de seus líderes, assumem posições mais corajosas, contribuindo para um mundo melhor, mais conectado com o todo.

A Gillette, já em 2019, fez uma revisão do seu tradicional slogan – “O melhor homem que você conseguir” – que mostrava o homem viril. Revisou esse slogan para “o melhor homem que você pode ser”, condenando a masculinidade tóxica, o bulling, o assédio sexual.

Também fez doações para organizações que “ajudam os homens a serem pessoas melhores”.

Testemunhar neste momento da história que líderes estão se unindo para frear as atrocidades de uma gestão obcecada pelo poder a qualquer custo, é algo que acende uma luz no fundo túnel.

Sabemos que Putin não está só na execução dessas atrocidades.  Seria humanamente impossível fazer tudo de forma isolada. Isso nos ajuda a não idealizarmos que uma pessoa só pode ter tanto poder e também nos ajuda a lembrar que essa luta não é só dos ucranianos.

Com Putin e seus apoiadores aprendemos o que não queremos fazer e nem ser. E com os gestores dessas empresas, o que podemos fazer e ser.

As decisões desses gestores deixam claro para o mundo que é possível lutar sem pegar em armas. Existe perdas nessas decisões? Sim, existe. E provavelmente, em um primeiro momento, financeiras.

Mas o mais importante é que não há perdas de vidas humanas.

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